terça-feira, 25 de novembro de 2014

INFLAÇÃO: A ESCALADA DE PREÇOS NA ARGENTINA E NO BRASIL


Programa: http://migre.me/n5NmX  ( Os primeiros 7 minutos do programa)

Os argentinos convivem com uma inflação na casa dos 40% a.a(veja aqui: http://migre.me/n5KSf), mas segundo Cristina Kirchner, a era K só tem ganhos. Será? O programa Periodismo para Todos-PPT, de Jorge Lanata, demonstrou no penúltimo programa, desde que assumiram o poder em 2003, como os salários estão sendo deteriorados pelas mãos da família K.

Em 2001, a Argentina vivia uma grave crise financeira quando chegou a dar um megacalote na dívida pública. Mesmo com o pior cenário do mundo, o PPT realizou um comparativo entre o poder aquisitivo de 2001 e o de 2014. O resultado constatou que atualmente os argentinos compram menos do que em 2001, tendo como relação o salário médio do país, que em 2001 era de $880 pesos e hoje está em $10.800 pesos.

Obs: Instituto Nacional de Estatísticas e Censos(INDEC) constata que o salário médio é de $10.800 pesos, no entanto esse instituto é completamente aparelhado e manipulado pelo governo argentino, fato que faz muitos hermanos divergirem deste número. Alguns institutos paralelos dizem que o salário médio pode  ser apenas a  metade de $10.800 pesos, o que significa que o poder aquisitivo é ainda menor. Por sua vez, também é importante citar que o salário médio em 2001 também sofre divergências quanto ao seu valor. Alguns dizem que o valor pode ser menor.

Continuando: mesmo hoje, aparentando que os argentinos estão ganhando maiores salários, não significa que estão mais ricos, pois a inflação está corroendo o poder aquisitivo dos trabalhadores. Vamos ver exemplos? Vejam o comparativo conforme explicado acima:

Link do quadro: http://migre.me/n5MyL



COMBATENDO A INFLAÇÃO: "PRECIOS CUIDADOS"

A Kretina Kirchner, a fim de combater a inflação, já vem controlando os preços há muito tempo. Ano passado mesmo lançou uma campanha: "Olhar e Cuidar"(http://migre.me/n6tOU), na qual convocava a população para verificar se os preços congelados estavam sendo respeitados. Certamente alguém lembrou dos Fiscais do Sarney do Brasil de 1980. Relembre aqui http://migre.me/n6u78 e aqui http://migre.me/n6ujQ

Só que a soberana Kirchner queria mais para "proteger" os cidadãos, e, no início de 2014, resolveu por em prática um programa mais "sofisticado", o "Precios Cuidados". Significa um congelamento de preços de mais de 300 itens entre alimentos, produtos de limpeza, perfumaria etc..., comercializados nos supermercados.  Veja o site do programa "Precios Cuidados"http://migre.me/n6tod  Veja também o discurso de inauguração do programa por Kretina Kirchner: http://migre.me/n6vUx

Sendo o programa bizarro por si só, parece que não é o bastante para os kirchneristas. Querem mesmo passar mais vergonha. Notem que o site até possui uma central 0800 24 horas para fazer denúncias sobre irregularidades nos preços, falta de produtos, entre outros. Coisa de louco, não? Calma que tem mais. Até aplicativos para celulares existem, para que os consumidores possam fiscalizar se nenhum comerciante está descumprindo os "Precios Cuidados". Vejam os aplicativos nos links:  http://migre.me/n6vma / http://migre.me/n6vxW

Pois bem, todos nós sabemos que controlar e congelar preços não funciona. Tanto não funciona que quando o governo anunciou o "Precios Cuidados" em janeiro deste ano, a meta era manter a inflação para o ano na casa dos 10%. Só que não, em abril a inflação já havia batido a meta dos 10%. 

O que fez a Kretina? Chamou os empresários e reclamou que eles não cumpriam o programa de preços, pois não estavam colocando os produtos nas prateleiras. E mesmo quando dispunham, os preços não eram os estabelecidos. Sendo assim, ameaçou os empresários com multas milionárias. (http://migre.me/n6wXZ http://migre.me/n7lxB) Capitanich, o chefe de gabinete do governo, chegou até falar em fechamento dos estabelecimentos. Abre aspas: "As ferramentas que o governo tem são múltiplas, e além das multas, incluem um extremo que pode levar ao fechamento", advertiu Capitanich, é mole? Resultado, o governo não arredou o pé, ameaçou, e ainda congelou os preços de novos produtos.

Os argentinos terão uma desgraça à vista. Todos sabemos que congelar preços gera escassez e preços altos. Mas, por quê?  Veja, a inflação não é o aumento de preços, e sim a excessiva quantidade de dinheiro/crédito na economia. Aumento de preços é a consequência. Quem oferta o dinheiro/crédito é o Banco Central através de sua política monetária. Sendo assim, quando o governo imprime mais dinheiro —   a Argentina de 2011 a 2013 quase triplicou a base monetária. Contando os últimos 12 meses a partir de setembro/14, a base monetária aumentou 21,6%  —  do que realmente se produz e se oferece no país, em termos de bens, a lambança está feita, os preços vão começar a subir generalizadamente.

Como não se destrói uma economia do dia pra noite, logo, é bem possível que essa expansão monetária sem freio (impressão de dinheiro) não seja perceptível pela sociedade em um primeiro momento, mas, com o passar dos anos, o encarecimento dos itens será notado pelo cidadão. Mas por que o governo imprimi dinheiro? Porque com o que ele arrecada através dos tributos não é o suficiente para fazer suas extravagâncias e ditar a economia ao seu bel-prazer, acreditando que pode ser um mago ou uma locomotiva que impulsionará a economia. Só acredita , poque quanto mais tenta alocar corretamente os recursos, mais erra. E enquanto mais tenta acertar, mais o governo expande seus gastos, logo a conta não vai fechar e vai acabar imprimindo mais dinheiro. É um ciclo nefasto! A cada intervenção mais um prego no caixão da economia.

Portanto, quando a inflação fica perceptível para a sociedade, o governo toma uma atitude para não perder popularidade, no caso da Argentina, da Kretina, resolveu-se praticar o "infalível" congelamento de preços, no qual resulta também em escassez. (http://migre.me/n7nWM / http://migre.me/n7nYz) Por quê? Ora, nenhum empresário vai produzir para gerar prejuízos, logo os bens com preços congelados são desestimulados a serem produzidos. São desestimulados porque os preços fixados estão fora da realidade do mercado, ou seja, o empresário  tem um custo X para produzir, mas no momento de comercializar é obrigado a vender por  X - 5, por exemplo. Isto é, está comercializando a mercadoria com prejuízo, fato que faz os produtores optarem por produzir produtos fora da lista de preços congelados, diminuindo a produção, acentuando a escassez e comprometendo o vigor das empresas e os empregos.

Dito isso, baseado no programa do Periodismo Para Todos, o leitor certamente constatou que o combate à inflação por parte do governo argentino está sendo inócuo, ou melhor, nefasto mesmo. Para asseverarmos de fato, vejam a página "Precios Descuidados", um site criado para desnudar a ineficiência do programa "Precios Cuidados", do governo.


VEJAMOS ENTÃO A ESCALADA DE PREÇOS NA ARGENTINA:

 VAMOS ANALISAR UM EXEMPLO: EVOLUÇÃO DO PREÇO DO FRANGO

http://preciosdescuidados.com/pollo

AGORA VEJA O VALOR DO FRANGO NO "PRECIOS CUIDADOS" DEZ/2014:

Para encontrar este produto insira no buscador dos Precios Cuidados na ordem:
Buenos Aires, Avellaneda, Wallmart e Pollo
Buscador: http://www.precioscuidados.com/productos-supermercados

PREÇO DO FRANGO NO SUPERMERCADO WALMART: DEZ/2014

Aqui a gente consegue ver como o governo consegue distorcer o mercado, já que o Frango dos "Precios Cuidados" custa 21,00 pesos.
https://www.walmartonline.com.ar/Detalle-de-articulo.aspx?upc=0209135000000
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Para finalizar, vejamos a escalada de preços no Brasil com o Inflacionômetro, e observem como o PT vem deteriorando o salário do trabalhador brasileiro. Ter o PT por mais quatro anos é experimentar, possivelmente, o modelo Argentino =  modelo bolivariano.

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