segunda-feira, 13 de outubro de 2014

CENSURA: A REDE GLOBO, COM MAIS 4 ANOS DE PT, TEM TUDO PARA SER O CLARÍN DA ARGENTINA


Atrasado no projeto bolivariano, caso PT vença esta eleição, vai, enfim, por em prática um dos itens da agenda bolivariana=socialista, isto é, "redemocratizará os meios de comunicação". Mas se ele vai redemocratizar, significa que é muito bom, não? Não, não é bom, isso é apenas truque semântico, pois atribuem nomes bonitos para projetinhos falcatruas, no caso, este, surrupia a liberdade de imprensa.
Os meios de comunicação ficarão reféns do governo. Como? Veja, a dona Dilma diz que não é favorável ao controle de conteúdo(me engana que eu gosto), mas, alegando que há um oligopólio no setor, deseja o controle econômico. Em vez de ela desregulamentar o mercado de comunicação para espalhar a concorrência no setor, vai propor uma regulamentação ainda maior sobre os meios de comunicação.
A nova regulamentação enfraquecerá os atuais grupos de comunicação além de proporcionar mais poder ao Estado sobre o setor. Como partido e Estado para essa gentalha é tudo a mesma coisa, você já sabe o que vai acontecer, né? Mais um pilar da democracia brasileira ruirá.
Entendi, mas como que ela vai enfraquecer os meios de comunicação? Atualmente o método utilizado para silenciar a imprensa tem participação das verbas publicitárias estatais. Já diz o ditado: "O cão não morde a mão que o sacia". Quer dizer que, os não comportados, ameaçados serão de perder a publicidade estatal generosa. Só para o leitor ter uma ideia, nunca antes na história deste país se gastou tanto com verbas publicitárias estatais. Só em 2013 foi gasto R$2,3 bilhões, o maior valor gasto desde 2000, ano em que o dado começou a ser divulgado. Veja na íntegra os gastos do governo com publicidade aqui: http://migre.me/mdilD
Aliado às verbas de publicidade estatal, o Rei, a fim de manter os meios de comunicação sob sua dependência, tenta regulamentar=dificultar a inserção e a criação de propagandas e promoções. Exemplo: a proibição de propagandas/promoções de cigarro como também os comerciais/promoções de bebidas/doces/brinquedos(principalmente para o público infantil). 

Ações como essas resultam na diminuição considerável das receitas nas empresas de comunicação. O efeito é complicado, pois os grupos de comunicação se veem obrigados a trocar a publicidade privada pela estatal. Abre-se um caminho para a servidão no setor.

Só que isso não é o bastante para os petistas, pois ainda assim a imprensa continua a mostrar as mazelas do seu governo, e, convenhamos, bem light, né. Fico imaginando o que faria o PT se tivesse uma FOX NEWS pela frente? A emissora americana não para um segundo de massacrar o presidente Obama. Para essa turma seria caso de polícia. Na Argentina, o próprio Clarín é outro exemplo de mídia que bate no governo sem dó. Doída e tarada por poder, Kretina Kirchner travou uma dura batalha contra os meios de comunicação, principalmente contra o seu principal desafeto, o Clarín.

Dito isso, será pelo caminho da Argentina que mostrarei como os meios de comunicação no Brasil vão ser enfraquecidos e cerceados pelo PT, caso tenha o quarto mandato pela frente. A Globo tem tudo para ser o Clarín da Argentina.

Vejamos: quando o falecido ex-presidente Nestor Kirchner, marido de Kretina Kirchner, assumiu o poder em 2003, na Argentina, para iniciar a era kirchnerista, a relação com os meios de comunicação até meados de 2008 era tranquila. No entanto, assim que Kretina assumiu o poder em 2008, a coisa degringolou. Nesse período, o congresso argentino debatia um projeto kirchnerista, que visava aumentar abusivamente a tributação sobre os grãos, como a soja. O Clarín, junto do La Nación e do canal TN, rechaçaram o projeto e tomaram lado, o dos agricultores. Depois de quatro meses de conflito, o governo perdeu a queda de braço.

Mesmo tendo a maioria no congresso, o governo, depois de aprovar o projeto na Câmara, sofreu, quando menos esperava, um duro revés no Senado. Como nesta casa a votação deu empate, quem decide é o presidente do Senado, o qual também é vice-presidente da Argentina. Aqui, certamente, Kretina Kirchner pensou que o projeto estaria no papo. Negativo! O vice-presidente da Argentina derrubou o projeto, ou seja, deu decisão contrária aos desejos da presidente Cristina Kirchner.

Furiosa, a Srª. K viu sua popularidade ir por água abaixo e descontou nos meios e comunicação, especialmente no Clarín. Era o início de uma guerra entre governo e o principal grupo de comunicação do país. Uma das primeiras contendas aconteceu em 2009, com Nestor Kirchner fazendo críticas ao grupo Clarín. Assista aqui: http://migre.me/ma8DC
Dizia constantemente durante sua fala: - "O que está acontecendo com você, Clarínnn?" Por que está tão nervoso?" "Eeeii, Clarínn!"

Ainda discursando, falou que a população não queria mais viver sob monopólio midiático do grupo. O Clarín respondeu desnudando as falcatruas do governo, fato que irritava ainda mais os kirchners. No mesmo ano, o governo partiu pra cima de vez e criou a Lei de Mídia - um projetinho falcatrua que visava a "redemocratização dos meios e comunicação", com o intuito de eliminar a existência de um oligopólio, segundo o governo.
Basicamente, a Lei de Mídia, de 2009, limita o número de concessões de rádio e TV por proprietário e impede que as emissoras tenham presença em todo o território nacional, com exceção da TV Pública, que, claro, o governo criou várias. Mais do que isso, criou rádios e jornais, além de favorecer grupos privados com publicidade estatal. Isso me faz lembrar do lema do fascismo(primo do comunismo): "Tudo para o Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado." É ou não é o que acontece no país vizinho?

Como o Clarín é o maior grupo de comunicação do país e por ter abrangência nacional com suas redes de TV, rádio e jornal, além de não aliviar o governo, foi a empresa mais afetada pela Lei de Mídia, bem como planejado pela Kirchner. Sabendo que o Clarín é líder no mercado de TV por assinatura, a nova lei prevê que nenhuma empresa pode ter mais do que 24 canais pagos. Logo, das 158 licenças do grupo, 134 delas terão que ser vendidas. O Clarín também terá que se desfazer de uma das 11 licenças de rádio e TV aberta, além de outros empreendimentos para estar de acordo com a nova legislação.

Neste momento, parte do leitor pode estar pensando que é um absurdo um grupo de comunicação ser tão poderoso no país, logo acha pertinente a intervenção do Estado para redemocratizar o setor de comunicação. Pois é, acontece que o Estado, leia-se Kretina Kirchner, não está interessada em redemocratizar nada, e sim em angariar mais poder ao seu projeto de poder, defenestrando a mídia independente.

Entenda, se o governo de fato estivesse preocupado com a pouca pluralidade na mídia argentina, desregulamentaria o mercado de comunicação para atrair outros grupos a concorrer com os já existentes, como o Clarín. Como não é esse o interesse da Srª. K, ela tratou de regulamentar ainda mais o setor de comunicação, fato que só limitou e enfraqueceu a atuação dos grupos privados, além de conceder monopólio estatal ao setor. Como assim?

Atualmente, como mostra a matéria da revista Veja(Nov/13), 80% dos canais de rádio e televisão nacionais já respondem direta ou indiretamente ao governo. Veja aqui: http://migre.me/mfr2o 


Portanto, observe que a presidente Kretina Kirchner quer uma mídia de uma nota só, de apenas um discurso, subserviente, e, pelo jeito, estão conseguindo. De 2009 pra cá, o Clarín foi o único grupo que entendeu a Lei de Mídia como inconstitucional, logo levou o caso a justiça, pois acredita que a lei fere a liberdade de imprensa e a propriedade privada, amparadas pela constituição argentina.
O caso foi parar na Suprema Corte, similar ao nosso STF, mas como aqui, lá também a Suprema Corte foi aparelhada. Tanto tempo no poder, os kirchners já indicaram a maioria dos ministros que ocupam a instituição. Resultado, depois de o Clarín recorrer inúmeras vezes, a Suprema Corte julgou decisão favorável ao governo e declarou constitucional a Lei de Mídia.
Tendo o aval da justiça, o governo conseguiu estabelecer um prazo final para que o grupo se desfizesse dos canais de modo voluntário, do contrário, unilateralmente, o governo tomaria as rédeas. Kretina chegou a aparecer em cadeia nacional dizendo: " Em breve, acabarão as calúnias contra o governo".

O Clarín, com poucas alternativas, acatou a decisão da justiça e já vendeu um pouco do seu patrimônio(veja aqui: http://migre.me/mfw9j). Quanto ao restante do patrimônio, o grupo entregou um plano ao governo definindo como vai se adequar à Lei de Mídia. O plano prevê que o grupo Clarín seja dividido em 6 unidades(veja aqui: http://migre.me/mfwCw).

No entanto, a turma da Kretina Kirchner diz que o plano descumpre a lei, pois ainda vai permitir a existência de vínculos societários entre os executivos escolhidos pelo grupo para comandar cada unidade. Dessa forma, Sabbatella, responsável por fiscalizar Lei de Mídia, ameaça o Clarín com a possibilidade de o próprio governo decidir e executar o fatiamento do Clárin.(veja aqui: http://migre.me/mfx7r)
Resumindo, o Clarín está por fio, ou melhor, a liberdade de imprensa independente na Argentina pode desaparecer, pois será cada vez mais sufocada e emparedada. Portanto, quando a Dilma diz querer fazer o controle econômico sobre os meio de comunicação, nós já sabemos o que vem pela frente. Por isso, o que estaria pensando a Rede Globo hoje? Que seria poupada pelo PT? Se ainda está pensando assim, coitada, o governo vai atropelá-la. E não vai ser só a Globo não, outros grupos como SBT, Veja, etc... serão emparedados. A leniência vai custar caro.
Vale lembrar que o PT declarou apoio à Lei de Mídia da Argentina(veja aqui: http://migre.me/mfyVm). Veja também este vídeo do presidente do PT dizendo que a oposição ao partido não está nas demais legendas, mas sim na mídia monopolizada. (veja aqui: http://migre.me/mfDbS).
Aqui, um dos líderes do PT ameaça os meios de comunicação dizendo que, depois das eleições, a regulamentação da mídia vai acontecer, porque ela tem como único objetivo prejudicar o PT.( veja aqui:http://migre.me/mfDdk) 
Neste link (http://migre.me/mfzJu), a dona Dilma diz que é favorável ao controle econômico, dando a entender que vai colocar em prática o famigerado projeto, caso seja reeleita.


Se o leitor ainda não estiver convencido, pois bem, que tal ler a resolução que o próprio partido produziu no 14º encontro do Partido dos Trabalhadores( 2014). No documento,(veja o link: https://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2014/05/14-ENPT-RESOLUCAO-TATICA-ELEITOAL-FINAL-1.pdf / https://www.pt.org.br/conheca-as-resolucoes-do-14o-encontro-nacional-do-pt/ ) além de constar que querem o socialismo para o Brasil, descrevem abertamente que querem controlar a mídia, pois entendem que ela só quer prejudicar o PT. Veja alguns trechos retirados da resolução abaixo:

"A disputa eleitoral de 2014 vem sendo marcada por um pesado ataque ao nosso projeto, ao nosso governo e ao PT, por parte de setores da elite conservadora e da mídia oligopolista, que funciona como verdadeiro partido de oposição. "
"No entanto, o que percebemos do oligopólio midiático brasileiro é um distanciamento da verdade factual e a adoção de uma linha editorial que busca a permanente desconstrução dos movimentos sociais, dos nossos governos e do nosso partido. O oligopólio midiático tenta induzir a opinião pública e inflar nossos adversários, assumindo o papel de oposição sistemática. Defendemos a verdade! Para isso é fundamental garantir o contraditório e a diversidade de opiniões nos noticiários."
"Nosso grande objetivo é, através das vitórias que obtemos nos espaços institucionais, democratizar o Estado, inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia ao capitalismo, capaz de construir um projeto de socialismo radicalmente democrático para 
o Brasil."

E agora, leitor? Já é o suficiente? Bom, se ainda não for, convido o leitor a pesquisar na internet o apoio que o PT dá ao chavismo na Venezuela. Segundo Lula, há democracia demais na Venezuela socialista, país em que os meios de comunicação foram esmagados.



Contudo, caso o PT vença mais uma eleição, a Rede Globo e demais grupos de comunicação estarão em apuros. O Clarín e o La Nación que o digam, em 2011, ambos foram impedidos de circular seus jornais pelos bate-paus do governo.. Mais do que isso, como vimos, tiveram seus patrimônios sucumbidos pela sanha do governo Kirchner. O PT vai reescrever essa história.